RESUMO
Observando as práticas de saúde, doença e cura como um espaço para a compreensão da sociedade brasileira do século XIX, partimos da proposição de que a aceitação do "feitiço" como um elemento "causador de doenças" colocava em ação práticas de cura específicas, bem como curadores especializados. Essa relação entre as causas das doenças e práticas de cura que lhe eram típicas podem ser observadas em diversos processos-crimes movidos contra curandeiros. Tal, permite adentrar no universo de crenças da sociedade brasileira bem como das formas como esta manifestava as concepções que tinha a respeito do corpo e da ação das doenças em suas formas visíveis e invisíveis. Nesse sentido, a violência as formas de curar aparece como um padrão recorrente na documentação (embora ainda pouco referido na historiografia) sugerindo importantes perguntas e ilações com nossas modernas ideias sobre o sofrimento e aceitação do velho ditado de que "o que arde, cura". Ao mesmo tempo, sendo o feitiço, muitas vezes, associados aos homens e mulheres negros, fica claro que a experiência da enfermidade e as relações que a partir daí eram estabelecidas podem revelar outros aspectos da cotidianidade do contexto hierárquico da sociedade escravista dos oitocentos. (AU)
Assuntos
Cura em Homeopatia , Dor , Violência , Bruxaria , Conhecimentos, Atitudes e Prática em SaúdeRESUMO
A epidemia de 1855 na capital da província do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, é o ponto inicial para a investigação das formas como as doenças, tanto as epidêmicas quanto às comezinhas, eram vividas em meados do século XIX. Partindo do papel desempenhado por três sujeitos plurais - sofredores, governantes e curadores - esta pesquisa busca identificar as ação e as trocas sociais entre estes que moldaram as respostas dadas por esta coletividade à epidemia. As concepções de saúde, doença e cura; os debates em torno do que viria a ser a institucionalização da saúde pública; a inserção dos curadores e das idéias acerca do ambiente compuseram a agenda pré-existente de questões que instrumentalizou aquela sociedade a resistir e a buscar, passado o flagelo, evitar o seu retorno.
Assuntos
Política de Saúde/história , Saúde Pública/história , Surtos de Doenças/história , Brasil , Medicina Tradicional/históriaRESUMO
A epidemia de 1855 na capital da província do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, é o ponto inicial para a investigação das formas como as doenças, tanto as epidêmicas quanto às comezinhas, eram vividas em meados do século XIX. Partindo do papel desempenhado por três sujeitos plurais - sofredores, governantes e curadores - esta pesquisa busca identificar as ação e as trocas sociais entre estes que moldaram as respostas dadas por esta coletividade à epidemia. As concepções de saúde, doença e cura; os debates em torno do que viria a ser a institucionalização da saúde pública; a inserção dos curadores e das idéias acerca do ambiente compuseram a agenda pré-existente de questões que instrumentalizou aquela sociedade a resistir e a buscar, passado o flagelo, evitar o seu retorno. (AU)
Assuntos
Saúde Pública/história , Surtos de Doenças/história , Política de Saúde/história , Brasil , Medicina Tradicional/históriaRESUMO
Faz um inventário dos trabalhos cujo foco principal de estudo säo o exercício e o uso das formas mais populares das artes de curar, analisando alguns com mais detalhe e apontando suas contribuições, diferenças, semelhanças e indicações, no sentido de formular uma agenda de pesquisa para o tema.(AU)
Assuntos
Cura em Homeopatia/história , Medicina Tradicional/história , Brasil , História da MedicinaRESUMO
Mostra onde e como começa a história dessas práticas de cura na Vila de Santa Maria da Província de Pedro do Rio Grande do Sul, quando a filha do lavrador passou a sofrer de uma estranha moléstia, tratando, assim, sobre o que se refere a curas, partos e banhos. Discute as escolha do povo entre médicos e medicinas nas décadas de 1860-1870, os médicos habilitados x médicos competentes ou os curandeiros. Analisa o feitiço como um incômodo misterioso, as substâncias desconhecidas, e os restos de curas e outros trastes.
Assuntos
Humanos , Medicina Tradicional , Religião e Medicina , BrasilRESUMO
Mostra onde e como começa a história dessas práticas de cura na Vila de Santa Maria da Província de Pedro do Rio Grande do Sul, quando a filha do lavrador passou a sofrer de uma estranha moléstia, tratando, assim, sobre o que se refere a curas, partos e banhos. Discute as escolha do povo entre médicos e medicinas nas décadas de 1860-1870, os médicos habilitados x médicos competentes ou os curandeiros. Analisa o feitiço como um incômodo misterioso, as substâncias desconhecidas, e os restos de curas e outros trastes.